11 de março de 2012

ENFRENTANDO OS MEDOS


No primeiro dia que cheguei a Belém passei mal, e agora? Minha prima Patrícia que é enfermeira me levou para o pronto atendimento e tive que tomar tramal e ficar no oxigênio, poxa logo no primeiro dia, de cara assim? Então pensei, a coisa vai ser difícil pelo jeito.
Após o 1º dia da minha chegada a luta começa, dia 02/02/12  eu, minha mãe, minha tia Fátima e minha tia Rosiane fomos bem cedo para o Hospital Ophir Loyola, preocupadas com a demora que seria para conseguir uma vaga com o oncologista, mas desde o começo meu Deus estava na frente de tudo, todos falavam que demorava meses para conseguir marcar uma consulta, e conseguimos marcar para 3 dias depois, que vitória, até meu primeiro médico oncologista de Macapá disse que minha vinda pra Belém iria me prejudicar, pois eu não podia esperar e aqui eu teria que enfrentar uma fila que iria demorar meses, mas nem eu e nem meus pais desistimos e com a força de Deus, da minha mãe e das minhas tias eu consegui. Então chega o dia 06/02 o dia da minha consulta, acordei cedo, eu estava muito ansiosa, nervosa, com o coração na mão, todos os pensamentos negativos tomavam conta de mim, eu estava com medo, medo de descobrir coisas que poderiam piorar minha situação, mas por fora eu estava super tranquila, ainda tinha esperança de que não faria a cirurgia laparotomia exploradora popularmente chamada de ‘’barriga aberta’’, então eu, minha mãe e minha tia Rosiane fomos para o Hospital Ophir Loyola, e pela primeira vez entrei no hospital onde faria meu tratamento, fiquei super abatida ao ver algumas cenas, e não conseguia mas esconder meu nervosismo, minha mãe falava: Calma minha filha, pare com isso! Então me acalmei e esperei ser chamada, alguns minutos depois entro na sala, contei tudo para a médica, quando ela me interrompe e fala: Você é tão nova, já sabe as consequências da cirurgia que fez né? Eu falo que sim, e ela fala o que eu temia mas já esperava: Você terá que fazer outra cirurgia, por fora eu estava tranquila, minha tia até me elogiou quando saímos da sala, mas por dentro, mais uma vez me sentia sem chão, lembro que na primeira cirurgia eu sofri tanto que disse para minha mãe que não suportaria passar por outra, mas a vida nos reserva cada uma, enfim, continuei a ser examinada, foi solicitado 2 tomografias, exames de sangue, urina, ultra-som e uma endoscopia. Saí de la e fui encaminhada direto para o serviço social e o psicólogo. Sinceramente? Eu não queria ir, mas fui obrigada, não gosto muito de psicólogo.
Fiquei sozinha aguardando a minha vez, e comecei a chorar, queria entender o porque de tudo aquilo, em seguida me acalmei e minha mãe chegou, entramos na sala do psicólogo, minha mãe começou a chorar e eu ali, me mostrando forte, sem medo, a consulta no final acabou sendo para minha mãe.
Saímos de la e fomos para casa, meu coração estava apertado, era como se eu estivesse carregando o mundo inteiro na minha costa, até quando não suportei mais e fui a casa da tia Fátima, a abracei e coloquei tudo o que estava para explodir, chorei, chorei muito, eu disse que nao queria chorar na frente da minha mãe e por isso fui pra la, eu não estava preocupada comigo e sim com meus pais, não queria vê-los tristes por mim, ela conversou comigo e logo me acalmei, é engraçado como sempre encontro forças novamente para continuar.
Como tudo estava sendo feito com rapidez, logo no dia seguinte comecei a fazer os exames, e o medo me dominava, mas enfrentei tudo com muita garra, fiz todos os exames solicitados, no dia seguinte peguei os resultados, estava com medo de abri-los, mas assim mesmo abri, e pra minha surpresa, novos problemas estavam vindo pela frente, na minha tomografia descobri uma esteatose hepática, na endoscopia uma H. pylori e no hemograma uma anemia, já não bastava o CA? Precisava de mais problemas? Tudo isso explicou minhas dores fortes na região do abdome, a médica disse que teria que tratar logo, pois a quimioterapia é forte e não aguentaria, teria que estar forte, então comecei o tratamento do estômago, antibióticos fortes e uma dieta que não desejo para ninguém, as vezes sinto um desanimo terrível por conta disso, a enfermeira disse que eu iria ficar de cama por causa dos remédios, pois era muito forte, já estou no final e não senti efeito colateral nenhum graças ao meu Deus.
Antes de voltar com a minha médica oncologista para levar os exames, tive crises de dor e fui para a emergência do Ohir Loyola. Minha primeira ida foi difícil, estava com muita dor e neste dia estava com meu emocional fraco, era 3h da madrugada, mãe não aguento estou com muita dor, me leva ao médico por favor? Então minha mãe chama minha tia Fátima e vamos para a emergência, quando cheguei la fui atendida e encaminhada para enfermaria para ser medicada, mas eu chorava muito e quando eu ia entrar, dei de cara com um senhor debilitado na maca, eu voltei na mesma hora, e disse: Mãe não vou conseguir entrar, e minha mãe falou consegui sim filha, não olha pra ninguém olha pro final da sala, então mais uma vez criei forças e entrei olhando para baixo, deitei na maca e fiquei de olhos fechados até que o enfermeiro me deixou no medicamento, então criei coragem e abri os olhos, vi pessoas normais, algumas um pouco debilitadas, mas todos lutando pela vida como eu, tornei a fechar os olhos, sempre sentindo minha mãe perto de mim e comecei a falar com Deus, pedindo pra ele me tirar daquela situação que eu não aceitava sofrer e que eu queria ser curada, depois de ser medicada fui para casa. Antes do retorno com a oncologista ainda fui mais 2 vezes para emergência. No dia do meu retorno, como sempre eu estava super nervosa, dessa vez era so eu e minha mãe, pois minha tia Rosiane já tinha ido embora para Macapá. Minha médica é maravilhosa, uma fofura, quando entramos na sala para minha surpresa ela lembrou de mim, coisa que não é comum, fiquei super feliz, senti um alívio não sei porque. rsrs Ela perguntou como eu estava e pegou minha tomografia, olhou deu um sorriso e disse: Você não vai me dar muito trabalho, minha mãe vibrou na mesma hora, podia ver o brilho nos olhos dela, então a médica continuou a consulta, examinou meu pescoço por causa de um nódulo que apareceu, ela disse que não era nada mas pediu pra eu fazer uma ultra-som e da mama também, deu a autorização para cirurgia ser marcada e disse para levar os resultados dos exames que pediu antes da cirurgia. Saímos de la com a força renovada, porém mais uma vez teria que enfrentar mais dois exames. Então dias depois fiz os exames, outra vez estava ali, nervosa, ansiosa porém por fora super calma, o médico começa com a ultra-som do pescoço, ele diz que está tudo normal e que tem apenas um micro nódulo que quase não conseguia ver que era pra eu ficar despreocupada que era normal, ai começa a ultra-som da mama, no fim ele diz que encontrou alguns cistos no lado direito e diz que é normal que a maioria das mulheres tem e que pela experiência que ele tem são benignos e que iria depender da minha médica se iria fazer uma biopsia ou não por eu ter já uma história de CA. 
Agora estou só aguardando meu último retorno dia 19/03 com a minha médica oncologista antes da cirurgia.
Enfim eu estou bem na medida do possível graças ao meu querido e amado Deus, que vem me dando forças pra lutar, claro que tenho minhas recaídas afinal sou humana, as vezes fico triste, tento entender tudo isso, essa mudança brusca na minha vida, mas logo encontro forças no meu grandioso Deus para seguir em frente, e com garra, com a força de Deus, da minha família e dos amigos não tem como dar errado. Eu creio na minha vitória em nome do Senhor Jesus, e eu vou ser curada para honra e glória dele!
Até a próxima!
Fé, coragem, força, determinação e esparança para vocês...
Beijinhos e que Deus abençoe à todos! ;D

2 comentários:

  1. Deus nunca desampara e decepciona aquele que deposita toda a sua fé n'Ele. A vitória é sua e no futuro suas lutas servirão para vc contar de testemunho e ajudar outras pessoas. Beijinhos, sempre na fé.

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  2. Eu creio dona Janaina, ta ligado em nome de Jesus! bjinhoos

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11 de março de 2012

ENFRENTANDO OS MEDOS


No primeiro dia que cheguei a Belém passei mal, e agora? Minha prima Patrícia que é enfermeira me levou para o pronto atendimento e tive que tomar tramal e ficar no oxigênio, poxa logo no primeiro dia, de cara assim? Então pensei, a coisa vai ser difícil pelo jeito.
Após o 1º dia da minha chegada a luta começa, dia 02/02/12  eu, minha mãe, minha tia Fátima e minha tia Rosiane fomos bem cedo para o Hospital Ophir Loyola, preocupadas com a demora que seria para conseguir uma vaga com o oncologista, mas desde o começo meu Deus estava na frente de tudo, todos falavam que demorava meses para conseguir marcar uma consulta, e conseguimos marcar para 3 dias depois, que vitória, até meu primeiro médico oncologista de Macapá disse que minha vinda pra Belém iria me prejudicar, pois eu não podia esperar e aqui eu teria que enfrentar uma fila que iria demorar meses, mas nem eu e nem meus pais desistimos e com a força de Deus, da minha mãe e das minhas tias eu consegui. Então chega o dia 06/02 o dia da minha consulta, acordei cedo, eu estava muito ansiosa, nervosa, com o coração na mão, todos os pensamentos negativos tomavam conta de mim, eu estava com medo, medo de descobrir coisas que poderiam piorar minha situação, mas por fora eu estava super tranquila, ainda tinha esperança de que não faria a cirurgia laparotomia exploradora popularmente chamada de ‘’barriga aberta’’, então eu, minha mãe e minha tia Rosiane fomos para o Hospital Ophir Loyola, e pela primeira vez entrei no hospital onde faria meu tratamento, fiquei super abatida ao ver algumas cenas, e não conseguia mas esconder meu nervosismo, minha mãe falava: Calma minha filha, pare com isso! Então me acalmei e esperei ser chamada, alguns minutos depois entro na sala, contei tudo para a médica, quando ela me interrompe e fala: Você é tão nova, já sabe as consequências da cirurgia que fez né? Eu falo que sim, e ela fala o que eu temia mas já esperava: Você terá que fazer outra cirurgia, por fora eu estava tranquila, minha tia até me elogiou quando saímos da sala, mas por dentro, mais uma vez me sentia sem chão, lembro que na primeira cirurgia eu sofri tanto que disse para minha mãe que não suportaria passar por outra, mas a vida nos reserva cada uma, enfim, continuei a ser examinada, foi solicitado 2 tomografias, exames de sangue, urina, ultra-som e uma endoscopia. Saí de la e fui encaminhada direto para o serviço social e o psicólogo. Sinceramente? Eu não queria ir, mas fui obrigada, não gosto muito de psicólogo.
Fiquei sozinha aguardando a minha vez, e comecei a chorar, queria entender o porque de tudo aquilo, em seguida me acalmei e minha mãe chegou, entramos na sala do psicólogo, minha mãe começou a chorar e eu ali, me mostrando forte, sem medo, a consulta no final acabou sendo para minha mãe.
Saímos de la e fomos para casa, meu coração estava apertado, era como se eu estivesse carregando o mundo inteiro na minha costa, até quando não suportei mais e fui a casa da tia Fátima, a abracei e coloquei tudo o que estava para explodir, chorei, chorei muito, eu disse que nao queria chorar na frente da minha mãe e por isso fui pra la, eu não estava preocupada comigo e sim com meus pais, não queria vê-los tristes por mim, ela conversou comigo e logo me acalmei, é engraçado como sempre encontro forças novamente para continuar.
Como tudo estava sendo feito com rapidez, logo no dia seguinte comecei a fazer os exames, e o medo me dominava, mas enfrentei tudo com muita garra, fiz todos os exames solicitados, no dia seguinte peguei os resultados, estava com medo de abri-los, mas assim mesmo abri, e pra minha surpresa, novos problemas estavam vindo pela frente, na minha tomografia descobri uma esteatose hepática, na endoscopia uma H. pylori e no hemograma uma anemia, já não bastava o CA? Precisava de mais problemas? Tudo isso explicou minhas dores fortes na região do abdome, a médica disse que teria que tratar logo, pois a quimioterapia é forte e não aguentaria, teria que estar forte, então comecei o tratamento do estômago, antibióticos fortes e uma dieta que não desejo para ninguém, as vezes sinto um desanimo terrível por conta disso, a enfermeira disse que eu iria ficar de cama por causa dos remédios, pois era muito forte, já estou no final e não senti efeito colateral nenhum graças ao meu Deus.
Antes de voltar com a minha médica oncologista para levar os exames, tive crises de dor e fui para a emergência do Ohir Loyola. Minha primeira ida foi difícil, estava com muita dor e neste dia estava com meu emocional fraco, era 3h da madrugada, mãe não aguento estou com muita dor, me leva ao médico por favor? Então minha mãe chama minha tia Fátima e vamos para a emergência, quando cheguei la fui atendida e encaminhada para enfermaria para ser medicada, mas eu chorava muito e quando eu ia entrar, dei de cara com um senhor debilitado na maca, eu voltei na mesma hora, e disse: Mãe não vou conseguir entrar, e minha mãe falou consegui sim filha, não olha pra ninguém olha pro final da sala, então mais uma vez criei forças e entrei olhando para baixo, deitei na maca e fiquei de olhos fechados até que o enfermeiro me deixou no medicamento, então criei coragem e abri os olhos, vi pessoas normais, algumas um pouco debilitadas, mas todos lutando pela vida como eu, tornei a fechar os olhos, sempre sentindo minha mãe perto de mim e comecei a falar com Deus, pedindo pra ele me tirar daquela situação que eu não aceitava sofrer e que eu queria ser curada, depois de ser medicada fui para casa. Antes do retorno com a oncologista ainda fui mais 2 vezes para emergência. No dia do meu retorno, como sempre eu estava super nervosa, dessa vez era so eu e minha mãe, pois minha tia Rosiane já tinha ido embora para Macapá. Minha médica é maravilhosa, uma fofura, quando entramos na sala para minha surpresa ela lembrou de mim, coisa que não é comum, fiquei super feliz, senti um alívio não sei porque. rsrs Ela perguntou como eu estava e pegou minha tomografia, olhou deu um sorriso e disse: Você não vai me dar muito trabalho, minha mãe vibrou na mesma hora, podia ver o brilho nos olhos dela, então a médica continuou a consulta, examinou meu pescoço por causa de um nódulo que apareceu, ela disse que não era nada mas pediu pra eu fazer uma ultra-som e da mama também, deu a autorização para cirurgia ser marcada e disse para levar os resultados dos exames que pediu antes da cirurgia. Saímos de la com a força renovada, porém mais uma vez teria que enfrentar mais dois exames. Então dias depois fiz os exames, outra vez estava ali, nervosa, ansiosa porém por fora super calma, o médico começa com a ultra-som do pescoço, ele diz que está tudo normal e que tem apenas um micro nódulo que quase não conseguia ver que era pra eu ficar despreocupada que era normal, ai começa a ultra-som da mama, no fim ele diz que encontrou alguns cistos no lado direito e diz que é normal que a maioria das mulheres tem e que pela experiência que ele tem são benignos e que iria depender da minha médica se iria fazer uma biopsia ou não por eu ter já uma história de CA. 
Agora estou só aguardando meu último retorno dia 19/03 com a minha médica oncologista antes da cirurgia.
Enfim eu estou bem na medida do possível graças ao meu querido e amado Deus, que vem me dando forças pra lutar, claro que tenho minhas recaídas afinal sou humana, as vezes fico triste, tento entender tudo isso, essa mudança brusca na minha vida, mas logo encontro forças no meu grandioso Deus para seguir em frente, e com garra, com a força de Deus, da minha família e dos amigos não tem como dar errado. Eu creio na minha vitória em nome do Senhor Jesus, e eu vou ser curada para honra e glória dele!
Até a próxima!
Fé, coragem, força, determinação e esparança para vocês...
Beijinhos e que Deus abençoe à todos! ;D

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  1. Deus nunca desampara e decepciona aquele que deposita toda a sua fé n'Ele. A vitória é sua e no futuro suas lutas servirão para vc contar de testemunho e ajudar outras pessoas. Beijinhos, sempre na fé.

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  2. Eu creio dona Janaina, ta ligado em nome de Jesus! bjinhoos

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